Celso Ferreira continua nervosíssimo. Como o seu partido não revela a menor intenção de lhe “dar” o protagonismo que persegue há mais de 15 anos (convenhamos, temos que compreender que … é muito tempo para acumular frustrações), tornou-se praticamente impossível aturá-lo. O seu mau feitio e a falta de educação a que a frustração o conduz, abateram-se, mais uma vez, sobre a Assembleia Municipal de Paredes.
O sistema democrático é um aborrecimento para o presidente da câmara de Paredes!
O que ele gostava mesmo é que fosse possível adoptar um modelo autoritário. Esse dar-lhe-ia a possibilidade de impor a sua vontade e, quem sabe, de “chicotear” opositores e … pelo que pudemos observar, também os correligionários, especialmente se «estiverem a dormir».
Na última Assembleia Municipal, Celso Ferreira, “mandou” um dos seus esbirros deturpar a verdade dos factos que envolveram a passagem de José Sócrates por Paredes, pelo Parque José Guilherme. O “esbirro” e correligionário do presidente, sem noção factual dos acontecimentos, desencadeou mais um ataque contra o vereador socialista, Artur Penedos – eu próprio – baseado na mentira e na infâmia.
Digo isto porque, quando uma entidade ou pessoa se sente prejudicada, o caminho a seguir é pedir aos responsáveis pelos danos que assumam os prejuízos. A forma correcta é oficializar, por escrito, a entidade ou pessoa que provocou os prejuízos, sob pena de, não o fazendo, deixar na ignorância os autores dos danos.
A verdade é que o PS não tem nenhum aviso formal dos estragos produzidos pelo veículo pesado que circulou no concelho, nem qualquer pedido de pagamento destinado à reparação das grades danificadas.
As razões são fáceis de entender. O que verdadeiramente importa ao presidente da câmara é possibilitar ao seu “esbirro” uma ida à Assembleia Municipal para acusar o vereador socialista de ter faltado a um compromisso, supostamente assumido com a polícia municipal.
O assunto está sobejamente esclarecido e, objectivamente, a câmara não quer ser ressarcida dos prejuízos (265€). Quer, isso sim, alimentar uma telenovela que permita ao PSD local esconder e escamotear os problemas que se abatem sobre o município e, simultaneamente, distrair os eleitos com as “pedradas” que vai lançando contra o PS e os socialistas.
Desta vez, o presidente da Assembleia Municipal, é justo afirmá-lo, não se submeteu, nem se atemorizou com os “tiques” autoritários do presidente da câmara e cumpriu, de forma rigorosa e escrupulosa, a Lei que regula o funcionamento dos Órgãos do Poder Local.
Contrariando a “exigência” de Celso Ferreira, deu a palavra ao vereador que a tinha pedido, para defesa da honra e consideração pessoal.
Celso Ferreira, à beira de um ataque de nervos, insurgiu-se contra o presidente da Assembleia e afirmou que não autorizava o vereador a falar.
Sempre dissemos que, em Paredes, o poder instalado pratica asfixia democrática.
Se dúvidas havia, o episódio descrito, a juntar a muitos outros que podem ser exibidos a todo o tempo, mostra, sem margem para qualquer suspeita, que Celso Ferreira sofre de um mal que não se enquadra no regime democrático, o do autoritarismo.
Não tendo conseguido evitar a defesa da honra do vereador ofendido, numa atitude reveladora de total desorientação, desata a vociferar contra tudo e contra todos e, numa atitude imprópria de um representante do povo, mente à Assembleia Municipal.
Sim, o presidente Celso Ferreira é mentiroso. É mentiroso, porque disse na reunião do executivo – podem ler na acta da câmara aprovada no dia 22/6/2011 – e repetiu na Assembleia, que o Assessor do ex-Primeiro-Ministro, José Sócrates, e também vereador na câmara de Paredes, tinha impedido a AMIParedes de obter o estatuto de “utilidade pública” porque “congelou” o pedido da empresa municipal durante dois anos, na sua secretária, disse Celso Ferreira.
Quem faz afirmações destas, mente descaradamente e demonstra, por um lado, ignorância sobre o funcionamento dos Órgãos do Estado, por outro, má fé e intenção de, mentindo deliberada e conscientemente, virar os paredenses contra quem o incomoda.
Sim, quem o incomoda.
Esses são os que não se deixam intimidar, os que não viram a cara à luta e recusam submeter-se ao poder dos que são incapazes de respeitar os valores e exigências do regime democrático.
Os que sabem dizer não, incomodam muito os autoritários.
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