O MASTRO DA BANDEIRA
O mastro que a Câmara de Paredes se propõe construir – que tantas e tão fortes críticas mereceu da sociedade portuguesa – e que servirá, apenas, para desfraldar a bandeira nacional (a maior, segundo Celso Ferreira) apesar de continuar vivo no Orçamento para 2010, viu-se reduzido na sua dimensão, como afirmou um vereador da maioria, num dos deslizes que lhe são próprios!
Não acreditam? É verdade. Na última reunião da câmara, realizada na semana passada, a maioria PSD decidiu, entre outras coisas, “amputar” o mastro, retirando ao valor orçamentado, a verba de 265.000 euros que, desta vez e felizmente para o concelho, se destina a operar requalificações nas freguesias de Gandra e Lordelo.
Os vereadores socialistas, que tinham votado contra o Orçamento, sobretudo por ele conter despesa injustificável e receita inaceitável, (desperdício com o mastro, aumentos do IMI e da Derrama), corrigiram o seu sentido de voto e abstiveram-se na modificação orçamental proposta, com um argumento muito simples e objectivo: Apesar de terem votado contra o orçamento, consideram positiva a troca do mastro pela requalificação.
As notícias, como se vê, não são más, principalmente se o ”mastro” de Paredes mantiver a tendência para ser “reduzido”, diremos mesmo, para desaparecer definitivamente.
Se isso acontecer, coisa que nos traria enorme satisfação, talvez os munícipes possam sentir-se mais confortáveis com os sacrifícios que lhe foram impostos através dos aumentos do IMI e da Derrama, uma vez que eles não serão aplicados em projectos inúteis e megalómanos.
Assim vai a Câmara de Paredes e, com ela, a “redução” do mastro. Em breve serão abandonados outros projectos que serviram, apenas, para enganar o povo, gastar o seu dinheiro e “caçar-lhe o voto”.
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